terça-feira, 30 de setembro de 2014

De: Sérgio Buarque de Holanda

     O imperador D. Pedro II, um protótipo da nossa intelectualidade oficial, dizia gostar dos livros com satisfação dos cinco sentidos, isto é:
      Visual,  pela impressão exterior ou aspecto do livro.
      Tátil, ao manusear-lhe a maciez ou aspereza das páginas;
      Auditivo, pelo brando crepitar ao folheá-lo;
      Olfativo, pelo cheiro pronunciado de seu papel impresso ou fino couro da encadernação;
      Gustativo, isto é, o sabor intelectual do livro, ou mesmo físico, ao umedecer-lhe ligeiramente as pontas das folhas para virá-las.

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